ANIVERSÁRIO DA COORDENADORIA DE POLÍCIA PACIFICADORA

O Comandante-Geral parabeniza o Coordenador, Oficiais, Praças e Funcionários Civis da CPP pela passagem do 1º aniversário de criação, comemorado em 06 de janeiro de 2012.
Síntese Histórica
A Coordenadoria de Polícia Pacificadora – CPP, criada através do Decreto 42787 de 06 de janeiro de 2011, tem como missão dirigir estrategicamente as ações e operacionalizar o plano de implantações das unidades de polícia pacificadora – UPP, da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Mais que isso, trata diretamente da transição paradigmática de um fazer tradicional de polícia para um fazer moderno, criativo, baseado na polícia de proximidade. Para isso, se estrutura a partir de uma Coordenadoria Geral que conta com quatro Coordenadorias Setoriais, baseadas em eixos de problemas inicialmente identificados como principais ameaças para essa transição. Nesse sentido, são elas: a Coordenadoria Administrativa; a Coordenadoria Operacional; a Coordenadoria de Informação e a Coordenadoria de Ensino e Pesquisa.
O desafio da CPP é encontrar uma forma de gestão adequadamente ágil para levar com eficácia, eficiência e efetividade esse serviço a seu público alvo, sem necessariamente ter de reproduzir a gestão tradicionalmente militar, tendo em vista as diferenças entre um modelo tradicional de polícia e a nova proposta da segurança pública do Rio de Janeiro baseada na “pacificação”.
O modelo tradicional revelava um fazer reativo, baseado em parâmetros de lei e
ordem, sem a preocupação efetiva com seu público alvo, sem a inserção comunitária e, pior, orientado
pelas representações da “guerra” que, construída socialmente num passado recente, se reflete hoje de
fato em práticas que antagonizam polícia e narcotraficantes nas favelas. Os riscos de um modelo que
prioriza a repressão são os efeitos colaterais produzidos pela espiral de violência que ele mesmo ajuda
a manter, quais sejam: balas perdidas, alta mortalidade, arbitrariedade, corrupção policial, etc..
Ademais, por não priorizar a construção de redes de confiança para que delas compartilhem polícia e
sociedade, o modelo tradicional está por demais esgarçado, ineficiente na medida em que faz recair
quase que exclusivamente sobre os ombros da polícia toda a responsabilidade pela segurança pública.
O modelo de pacificação é compartilhado e compartilhável; solidário, ele mobiliza a sociedade como tem sido demonstrado, tocando céticos com emoção. Ele também não pode ser arbitrário, já que precisa ser respeitoso com aqueles que vão ajudar na construção dessa rede solidária em prol de uma segurança cidadã. Deve ser criativo e flexível para poder aprender com as diferenças,
respeitando-se o saber local.
Aqui o termo “pacificação” não remete, portanto, a contrario sensu, à guerra, mas a uma relação sinonímica com a paz civil, objetivo de todos os cidadãos que rejeitamos a violência no curso do processo civilizador. Nesses termos, torna-se inadmissível a usurpação violenta de territórios por forças criminosas, poderosamente armadas, diversas das do Estado.
É nesse contexto –tanto geográfico quanto cultural- que a polícia pacificadora precisa agir para reconquistar a legitimidade do Estado de onde a própria sociedade optou por se afastar, para tentar recuperar a confiança de moradores que foram historicamente excluídos de nossa construção republicana. Na verdade, a ação da polícia é apenas um primeiro passo nesse processo que busca pavimentar o acesso para a chegada de outros merecidos serviços.
No entanto, como modelo ideal a ser almejado, ainda há desafios e ameaças ao longo dessa jornada de transformação paradigmática. Muito já passou, e muito ainda há que passar para que o processo se consolide, sabemos disso, e, por isso, é que foi criada a CPP.
O primeiro Coordenador foi o Cel PM Robson Rodrigues da Silva e o atual é o Cel PM Rogério Seabra Martins.

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