MENSAGEM DO COMANDANTE-GERAL À TROPA

Os últimos dias foram marcados por episódios que exigem uma resposta imediata do Comando diante de fatos notadamente negativos para a imagem e credibilidade da nossa Corporação. Por isso, além das ações no campo administrativo e operacional que estão sendo prontamente desencadeadas, proponho também a seguinte reflexão:
A profissão policial militar, por suas características específicas, exige um preparo especial para enfrentar situações cada vez mais complexas e desafiadoras. Trata-se de uma categoria de profissionais que atua, não raro, em condições extremas de risco da própria vida. No desempenho de uma atividade tão singular, estamos frequentemente atuando na fronteira entre o acerto e o erro.
Há, contudo, uma diferença marcante que distingue a nossa profissão das demais: o erro no julgamento que antecede nossas ações pode colocar também a vida de pessoas em risco. Por isso, aspectos como legalidade, oportunidade e preparo técnico são fundamentais para que o policial militar utilize a sua arma. Como não há algo mais importante do que a vida humana, não podemos nos tornar insensíveis
diante da dor alheia, como se não nos importássemos com a banalização do bem mais valioso de qualquer ser humano.
Cabe aqui, então, reforçar uma importante recomendação: a possibilidade de erro na ação policial só será minimizada na medida em que seu preparo técnico-profissional dotá-lo do necessário equilíbrio emocional, capacitação e domínio das técnicas apropriadas para o desempenho da sua atividade. Pensem e reflitam: somos homens comuns, não somos heróis.
Além do aperfeiçoamento contínuo do fazer profissional, devemos também fortalecer nossa correção de atitudes. Todo cidadão espera que o policial seja o principal guardião da lei. Como tal, somos aquele profissional de quem se exige um comportamento pautado nos mais sublimes valores éticos e morais.
Por se tratar de uma categoria especial de servidor público, o policial militar não pode se afastar dos  preceitos basilares de nossa profissão: a honradez por princípio e a proteção e valorização da vida como fim.
Logo, qualquer comportamento desviante é inaceitável assim como é intolerável a prática de conduta criminosa por parte de um agente da lei que se torne indigno de envergar nossa gloriosa farda. Para que continuemos a ter o reconhecimento e respeito da sociedade, esse pacto não pode ser rompido. Não seremos, em hipótese alguma, cúmplices da desonra. Cabe aqui o registro: o Comando tem sido incansável
na defesa dos bons profissionais tanto quanto somos implacáveis com os que se divorciam da lei.
De maneira simples e direta, afirmo: devemos dizer não à corrupção!
Caríssimos companheiros policiais militares Temos muito do que nos orgulhar. Somos protagonistas do mais bem sucedido programa de Segurança
Pública de que se tem notícia nos últimos tempos no Brasil e no mundo: o avanço da política de pacificação tem tornado possível uma pequena revolução em nosso Estado.
Todos os esforços têm sido feitos para que a Segurança Pública ofereça garantias indispensáveis às pessoas, produza resultados objetivos e confiáveis na redução dos indicadores de criminalidade e contribua, como consequência, com mais qualidade de vida para a população. E a Polícia Militar tem desempenhado
papel fundamental no resgate do verdadeiro sentimento de cidadania.
Somos mais de 45 mil homens e mulheres, devotados profissionais que saem de casa todos os dias para proteger quem sequer conhecemos. É a razão de ser da nossa profissão. É o que nos faz únicos!
Assim, conto com todos que têm a clareza de que precisamos responder de maneira imediata e definitiva à desconfiança gerada por atos precipitados ou impensados de poucos integrantes de nossa Corporação, na certeza de que continuaremos a ser merecedores do reconhecimento e respeito dos cidadãos do  nosso Estado.
ERIR RIBEIRO COSTA FILHO – CEL PM
        COMANDANTE-GERAL

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